PEDALAR EM BANANEIRAS: dezembro 2011

PEDAL DE PIPA 2011

Mais um ano de participação do pedal viabilizado pela Biketechpepe onde uma expectativa enorme para conhecer o novo percurso se disseminava por todos os participantes. Saímos na balsa das 11:00 horas e, como de praxe, agradecemos ao SER superior por nos permitir gozar de boa saúde para realizar mais esta looonga empreitada. Este novo percurso nos levou até a linda cidade de Rio Tinto-PB. Aliás, como diz a uma famosa lenda do município, que supostamente Adolf Hitler teria, após a guerra, se refugiado nas ruínas de uma fábrica da cidade, porém hoje sabemos que mesmo que ele tivesse saído do bunker, teria preferido o cone sul como seu último refúgio, já que não seria lá dos maiores fãs do clima excessivamente tropical da região^[1]. Concordo que realmente este fato não passa de uma lenda, pois o clima estava com toda certeza excessivamente tropical e o ditador não agüentaria um minuto debaixo daquele sol escaldante. No entanto a garra de chegar e NUNCA desistir foi superior, e alguns adotaram o luminoso sol como sendo o companheiro da viagem da parte do dia. Chegamos à praça principal da cidade, onde a sombra, brisa, isotônico, água fresca, açaí e sanduíche com uma pitada de doce nos aguardavam. Se o ditador alemão estivesse aqui, debaixo dessa sombra, iria mudar seu pensamento em relação ao clima e a qualidade de vida daquela cidade e haveria a possibilidade de a lenda de não ser apenas uma fábula. Contudo, tive a certeza de que era lenda quando superamos quase 2km de ladeira sob o clima por demasiado tropical. Muito puxado, mas o desafio naquele momento era chegar a Mataraca. Muito aclive e areia, porém quando o pensamento de desistir persistia, eu me lembrava que o ditador haveria desistido da ideia de refugiar nas redondezas de Rio Tinto devido aquele clima, porém nós não. Logo, partimos para Mataraca.

Dessa vez em Mataraca, a ladeira estava antes da parada para reposição de todos os carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais disponíveis nas diversidades de frutas típicas mantidas sob temperatura ideal para os ciclistas, pois todo esforço ( = ladeira) tem uma recompensa. Lá, fomos recebidos em clima romântico, ou seja, a luz de velas. Aquelas velas representavam o romance entre o homem e a natureza, entre o homem e o desafio de nunca desistir e, finalmente, entre as diversas famílias participantes do pedal da Pipa 2011.

Pronto, a estratégia montada era que a companhia da última lua cheia do ano nos escoltaria até a Pipa. Esta companheira de toda hora serviu como que uma aspirina para as dores musculares dissipadas por todo o corpo. Ela estava presente entre as hélices das usinas eólicas, entre as destilarias que mais pareciam árvores de natal, entre os eucaliptos que nos presentearam com os seus óleos essenciais medicinais e clareando o rio da última travessia da Barra de Cunhaú. E para finalizar, a lua também participou da linda festa de recepção preparada para os ciclistas, onde esta permaneceu vigilante entre o portal com o nome dos bravos bikers e o belíssimo mar da praia de Pipa. Obrigado DEUS por mais um ano de superação em todos os sentidos e até 2012.

Max Rocha Quirino e família.

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tinto_%28Para%C3%ADba%29 acesso 12/12/2011.

Vejas as imagens do pedal de 138 km: